"O que não tem remédio, remediado está"

No passado fim-de-semana, 24 e 25 de Março, a Montis teve mais um Voluntariado Académico com voluntários do VpN - VO.U. pela Natureza, ao abrigo do Projeto LIFE ELCN (LIFE 16 PRE/DE/000005). Este realizou-se na área do 2º fogo controlado, realizado no dia 23 de Fevereiro, no Baldio de Carvalhais, em S. Pedro do Sul.



Na manhã de 24 de Março tivemos a companhia da  nossa parceira no Projeto LFE VOLUNTEER ESCAPES (LIFE 17 ESC/PT/003) - PLAYSOLUTIONS - produtora de conteúdos audiovisuais, como documentários, filmes institucionais e corporativos, reportagens, programas de televisão e vídeos virais (playsolutionsaudiovisuais.pt). Estiveram a gravar imagens enquanto a meteorologia nos permitiu fazer intervenções de engenharia natural nas linhas de água desta área.


Da parte da tarde, os frequentes períodos de chuva intensa,não nos permitiram continuar com as intervenções previstas. Tínhamos planeado fazer plantações - esta época já não é a mais apropriada para fazer este tipo de intervenções, mas como tem havido chuva, aproveitamos para fazer mais algumas plantações - o que não aconteceu, mas como se costuma dizer, "o que não tem remédio, remediado está". Portanto, aceitamos o facto de haver situações que fogem ao nosso controlo e aproveitamos para levar os voluntários a conhecer os moinhos do Pisão (visto que cerca do Bioparque não estava a chover tanto como no cimo do baldio), partilhar experiências e ainda jogar, graças aos voluntários que trouxeram jogos de tabuleiro.


Felizmente no domingo a meteorologia já estava a nosso favor. Começámos o dia com a monitorização da avifauna presente nesta área, numa perspetiva de ciência cidadã. Tivemos o apoio do Luís Ribeiro, um amante de aves, com imenso conhecimento, que passou tanto aos voluntário, como à equipa da Montis.
Como no dia anterior o previsto não foi cumprido, não pudemos alargar muito esta atividade e como consequência o número dos avistamentos e das vocalizações foi menor, sendo identificadas 7 espécies: Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo), Chapim-real (Parus major), Tentilhão (Fringilla coelebs), Gaio (Garrulus glandarius), Rola-turca (Streptopelia decaocto), Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) e Carriça (Troglodytes troglodytes).
O balanço é positivo uma vez que aos poucos vamos aumentando o número de identificações realizadas e passando conhecimento aos voluntários que nos acompanham e até alterando a visão que têm - um dos voluntários, até esta atividade ser realizada, não tinha qualquer interesse por este tema, mas mudou completamente e este testemunho é muito mais gratificante para nós do que um número elevado de identificações recolhidas. 


Ainda tivemos tempo para fazer as plantações previstas para sábado, plantámos mais de 250 árvores(carvalhos e alguns sobreiros). 






Como é normal, apesar de no sábado não termos tido essa hipótese, no Domingo almoçámos na natureza, com direito a um pequeno mas merecido descanso.


Por fim, fizemos mais alguma engenharia natural, mais propriamente paliçadas nas linhas de água e ainda deu tempo para fazermos a manutenção de um dos acessos a esta área, que nos será muito útil para a Oficina de Engenharia Natural que se avizinha, a 21 e 22 de Abril.
Posto isto, a conclusão é que no final das contas conseguimos atingir os objetivos iniciais para este voluntariado com muita boa-disposição e brincadeira à mistura. 


Mais uma vez agradecemos o apoio da Pastelaria Flor do Zela (https://www.facebook.com/flordo.zela/), que nos doou alguns produtos alimentares.



Carolina Barbosa

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